Anda foda de pegar no sono. Colo a cara no travesseiro mas é em mim que eu afundo. O silêncio é mesmo um abismo sem fim, e no fim, é ai que eu tropeço.
É como se as pessoas vivessem imersas em um grande pedaço de merda, cercadas por moscas e podridão o tempo todo. Eu as vejo nadando, se lambuzando e engolindo merda. Cospindo, vomitando e engolindo de volta. Ninguém entende quando eu digo o quanto tô bem socada dentro de casa e distante de tudo. Nego acha que você tá assim por falta de opção, que te faz caridade quando insiste pra você sair e se meter no meio de um bando de gente que nem sequer te quer bem. Viver rolando na merda sem enlouquecer é que é foda.